quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Mi Buenos Aires querido! - Última Parte.

Ultimo dia do ano... final de viagem. Acordamos tarde. Dormir de manha não tem preço, não importa onde eu esteja... o melhor sono é sempre os dez minutos que se seguem ao som do despertador... ai ai.
Depois do café da manha o dia estava programado para o Bairro Recoleta, o bairro mais nobre de Buenos Aires. Os metros quadrados mais caros de Buenos Aires se caracterizam por uma mescla entre o moderno e o clássico... entre as influencias contemporâneas dos designers portenhos e os vértices  franceses dos casarões tradicionais, que fazem  deles os arquétipos europeus da capital.
 Suas mansões, suas calles, suas arvores maple, seu clima são incrivelmente agradáveis. Como de costume caminhamos por horas por lá, em busca das atrações e pontos máximos... que para variar estavam todos fechados. E não preciso nem dizer o quanto isso me deixou furiosa! A biblioteca nacional fica lá, assim como o Museu Nacional de Belas Arte (mais importante da América Latina!!! com obras dos artistas que eu mais adoro...sente só:  Picasso, Goya, Renoir, El Greco, Rodin, Degas, Cézanne e mais uma porrada de caras e coroas imperdíveis! Eu mereço!!! (a unica coisa que estava aberta era uma casa de café - chiquérrima - na entrada do Museu... e que por sinal estava cheia de um povo intocável da capital portenha!)
Ahh, antes disso já fiquei puta da vida porque a gente deixou pra conhecer o jardim japonês de Palermo nesse dia e o diabo do jardim tava fechado também (pega fogooooo!)... Mas não dá nada... agora sim eu tenho motivos pra voltar mesmo!
Continuando... após dar de cara com a porta cerrada de todos os pontos turisticos imperdiveis precisávamos almoçar e voltar para o hotel... a noite era de festa e virada!
Paramos (sem escolher muito porque tava tudo fechando!) num café lindíssimo da Recoleta - que por sinal tem fama de ter os melhores cafés da cidade - e logo percebemos que o Café Martinez foi a melhor escolha! 
Eu pedi mais uma vez Sanduíche de Salmón  defumado e salada e Djo pediu um sanduche normal ...eu sei lá porque... homens tem dessas coisas de "simples"... é uma coisa que eu ainda quero entender... nós pedimos drink-do-caralho-a-quatro e eles pedem cerveja! a mesma que eles sempre tomam.... que coisa!!! Ahhh pedi também o famoso Submarino Argentino!!! que coisa doida... é um copo alto com leite espumoso fervendo que acompanha uma barra de  chocolate amargo, que você mexe como se fosse uma colher...e ele vai derretendo e o sabor é ótimo... e nunca peça um junto com um sanduiche gigante quando voce é só uma pessoa pequeninha com olhos grandes que não precisa de tudo isso para sobreviver...Pois bem... essa provavelmente foi a melhor refeição que fizemos em Buenos Aires. Que maravilha!
Certo! Era hora de voltar para o hotel e descansar para a virada... Chegamos no hotel e o recepcionista disse que era melhor pegarmos taxi até umas 20:30...depois disso a gente não pegava mais nada! (muito engraçado aquele cara... ele tinha uma cara super séria e era extremamente educado... e acho que nem a mãe dele conseguiria arrancar um sorriso dele! E toda vez que eu passava por e ele tinha algo pra falar parecia que era pra dar alguma bronca... mas não... nunca era nada demais!...hahahah as pessoas são engraçadas!) 
Soneca, banho e rua! pegamos um dos últimos taxis para Puerto Madero, ponto de encontro de estrangeiros para o reveillon... (a gnt roubou o taxi de uma velhinha que tava a uns metros da gente e tava esperando a mais tempo.... não, não... isso não é nada louvável! Nossas desculpas à velhinha!)
Chegamos lá perto das 21... parecia que a gente estava no Brasil...o lugar é lindo... e muito seguro... caminhamos pela ponte La Mujer, onde acontece a virada com fogos.. paramos para admirar a vista, beber uma cerveja (a Quilmes mais cara de todos os tempos! 13 reais uma long!) e falar um pouco sobre as promessas que não serão cumpridas para o próximo ano! (e não venha com essa de que cumpre as promessas... nem com essa história de que não mente também!)... e registrar os momentos bom! porque são sempre os bons que valem a pena ser lebrados!
Nessa hora eu pensei nos meus amigos e na Familia!.... eu só desejo paz e força!


5, 4, 3, 2, 1............ Fogos! Feliz Ano Novo!
Faça seu próprio destino, vença seus próprios demônios e evolua! Seja uma pessoa melhor!


Que Lindo!! 
Fogos e mais fogos... Champange estourando... sorrisos!
Vamos beber o ano novo... (mesmo que a Chandon não esteja tão gelada...ela ainda assim foi feita pra comemorar!)


Eu que agora peguei uma mania ridícula de mulher.. (será que eu peguei ou era latende???) bom... na dúvida acho que peguei... só bebo coisas fraquinhas, com suquinho! é uma vergonha... ter chandon pra comemorar e eu bebendo Bellini! (que não é nada mais que champagne ou espumante com suco!)... 
Deixando isso de lado... e já pensando em 2011... a gente tinha que correr pra pegar um taxi, porque no outro dia as 8:45 a gente deveria estar dentro do Buquebus de volta para Colonia!
Corre negooo!.... quem disse que os taxistas queriam menos de 50 reais pra fazer uma corrida que vale 10? Maior perrengue na primeira madrugada!
Eu com um salto 12 caminhando de um lado da avenida igual uma doida, enquanto o loiro ficava do outro lado da avenida... Nessas horas os caras estavam usando as namoradas como isca para atrair taxistas! a monete chamava o carro e o taxi parava... aí o bofe corria pra junto da namorada rapidinho! pouco louvável! mas funciona!!! 
Resumo... acho que caminhei (irritada!!!) uns 2km antes de um taxistas aceitar levar pelo preço justo... mas foi difícil heim! bahh! 
Sem cerimônias para tragédia... nunca!!! hora de dormir as poucas horas antes de partir...
Mi Buenos Aires Querido.... Eu voltarei!


2011 MARAVILHOSO PARA TODOS!!!


BEIJOS 


SUE E DJO.















segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Mi Buenos Aires querido! - 2ª Parte!

O dia passa muito rápido na capital portenha. Há muito o que se ver! No entanto como boas crianças em férias, não acordamos nada cedo no dia 30... o que não passou de arrependimento, visto que iríamos ao centro da cidade. O Centro guarda verdadeiros tesouros. A Plaza de Mayo é o local onde a cidade foi fundada pela segunda vez por Juan de Garay em 1580 e muito conhecida hoje, no mundo todo, pelo movimento de resistência pacifica das chamadas "Mães da Praça de Maio" que se reuniam (e se reúnem até hoje!) com as fotos de seus filhos desaparecidos durante a ditadura militar Argentina, através da captura pelos militares. 
A marca registrada dessas mães é de uma fralda de bebê amarrada como um véu em suas cabeças...nelas estão escritos os nomes de seus filhos. Na época da ditadura iniciou-se o movimento com um grupo de pouco mais de 15 mulheres, chegando tempos depois a contar com milhares de participantes. Quando passamos pela frente da praça, haviam murais com centenas e mais centenas de fotos coladas, além de cartazes, fraudinhas e frases de apelo das mães. Comovente. 
Na mesma praça, há um obelisco com a estátua Pirâmide de Mayo, inaugurada no ano de 1811 em comemoração à Revolução de Mayo... é ponto obrigatório de todo turista por ser símbolo do orgulho portenho! Ao redor, estão os pontos turísticos mais importantes: a Casa Rosada, sede do Governo da Nação Argentina, o Cabildo de Buenos Aires, o Banco de la Nación Argentina, a Catedral Metropolitana e o Palácio Municipal.
O que me deixou um pouco triste foi não conseguir conhecer o teatro Cólon (outro ponto turístico imperdível!) que estava fechado desde o inicio de Dezembro para visitação. Eu cheguei a sonhar com esse teatro de arquitetura neo-renascentista e barroco-francês... ele é simplesmente encantador só de se olhar por fora! O Cólon é um dos palcos de ópera mais importantes do mundo! Mas tudo bem! haverão outras oportunidades!!
Acho que o melhor negócio é voltar para B.A. em outra época que não seja fim de ano (digo o mesmo para Montevideo!).
Bem! continuamos nossas andanças! o Centro é gigantesco, mas existem suas ruas imperdíveis é claro... o comércio é muito vasto e dá pra ver que todo mundo ali gosta de um McDonalds! Acho que eu vi uns 15 espalhados pelo centro... aff!
Caminhamos pela Av. Corrientes, Av. Córboda, Av. 9 de Julio, Calle Florida... e tantas outras que nem me lembro mais! O dia foi dedicado ao centro... que estava cheio de turistas e feiras e lojas de couro! Uma loucura! Tinha de tudo! pena que os preços (diferente do que li e escutei de muita gente) não são tão camaradas assim...
claro que existem coisas que compensam e muito levar... mas existem muitas outras que não, e por isso decidimos apreciar mais do que ficar na neura de comprar algo que vai ser muito mais válido adquirir no Brasil.
No mais o centro de Buenos Aires é excelente... tudo muito fácil de encontrar se você tem disposição!
A única crítica que tenho a fazer é sobre as lojas de roupas femininas... genteeee, o que é aquilo??? Não consegui aproveitar nada e ainda não encontrei a loja que eu queria, Complot...(devido a muvuca e porque já era tarde quando lembrei... o loiro já tava pagando pra ir embora nessas alturas!)... 
Já para homens é um show! tem de tudo... de Dior e Armani à Peças feitas à Mão e Couro. Tudo é lindo, tudo é de qualidade... tudo é chique! fiquei de cara, morrendo de inveja! O loiro adquiriu roupas da Cacharel, Givenchy, Dior e Cartier a preços irrisórios... eu quase chorei!!! Não tinha uma lojinha sequer dessas para o público feminino!!!  (espaço para indignação: ...........................................F*#@*&%¨P*%#*@!................................................................)
Mesmo assim, muito me gusta encontrar masculinidade nessa finesse toda! Homem que se veste da maneira correta e na medida segura do bem estar, sempre vai ter pontos positivos com as mulheres.. e não estou falando que é preciso virar uma alegoria composta por estilistas famosos e chegar na breguice de gastar mais do que se pode. Estou dizendo que homens que se vestem bem, acompanham sua idade e seu estilo sem perder a personalidade!
Buenos Aires mostra isso... Homens são elegantes... e acima de tudo: Homens! portanto: Troféu jóinha para as tiendas masculinas de Buenos Aires!
E para não ser injusta com a questão feminina, eu comprei uma bota de couro maravilhosa... coisa que certamente não encontrarei em Floripa. Valeu a pena tanto caminhar!!!
Dessa forma, quando já estávamos exaustos, corremos para o hotel... refúgio!!! Sonequinha e comida! Amanhã é o dia da virada! é preciso descansar!!!
eeeeee... vidinha mais ou menos!

;)

Beijo a todos!









domingo, 2 de janeiro de 2011

Mi Buenos Aires querido – 1ª Parte!

Caros 5 leitores e meio desse blog, me desculpem pela falta de assiduidade.. é que estive ocupada com a viagem, assim como meu querido primeiríssimo... motivo: Argentina! Buenos Aires...  cosmopolita, contrastante! Eu moraria aqui com certeza!
Chegamos na cidade às 14 horas do dia 28 de Dezembro... via Buquebus...empresa de transporte marítimo. Levou uma hora para atravessarmos o Rio De La Plata partindo de Colonia Del Sacramento. É interessante ver a cidade se aproximando do nada, revelando seus arranha-céus e sua arquitetura. Pegamos um táxi até o hotel, localizado no bairro Palermo, maior bairro de Buenos Aires, que se divide em Palermo Chico, Palermo Soho, Palermo Botanico, Palermo Viejo.
O taxista era uma figura, e a gente já percebeu que o transito é uma loucura... sem condições de alguém de fora andar ali... ainda bem que a gente teve a presença de espírito de deixar o carro no Uruguai! Para dirigir entre os portenhos é preciso muita personalidade e uma pitada de loucura. Enquanto nos agarrávamos ao banco de trás do velho táxi - bancos de couro gastos e cheiro de fumo -  admirávamos a paisagem de Puerto Madero, bairro cheio de vida, idas e vindas!
No hotel Alpino, descansamos um pouco e demos um jeito na cara de fugitivos da colônia Santana e nos cabelos engranhados para sairmos caminhar pelo bairro. Palermo tem parques e bosques lindos e muito convidativos. O mais comum é ver as pessoas lanchando ou descansando sob as árvores... famílias, casal de namorados, senhores com seus fiéis Golden Retriever, Beagles e as senhoras com seus poodles. Gente elegante... pareciam europeus. Jovens que não tenho costume de ver por aí... gente com cara de inteligente, modo muito próprio de se vestir, postura muito independente...! Achei ótimo!
Passamos hooooras nessas andanças.... até darmos de cara com as portas do Zoológico da cidade. Eu – que sou do mato – nunca tinha visto outros bichinhos que não fossem galinhas, patinhos, vaquinhas, porquinhos...enfim... bichinhos de sítio. Lógico que eu quis entrar! Passeamos algum tempo pelo Zoo e achei válido ter entrado. No entanto não foi uma coisa que me deixou feliz. Pode parecer discurso chavão e desbotado.... mas para mim eles não deviam estar ali! dá pra perceber que não existe conforto, nem reprodução de habitat naquilo. Eu tava com dó deles .. o cativeiro nunca é feliz! Ahhh e detalhe que achei engraçado: tem bicho ali dentro que presta atenção nas crianças...isso porque elas trazem na mão um baldinho com comidinha feita pelo Zoo para jogar para eles... e no caso das Lhamas... elas ficam te olhando, se você não tem o dito baldinho elas cospem em você! E se você tem e demora pra jogar a comidinha no comedouro elas cospem também! Lhamas mal caráter institucionalizadas! (uma quase cuspiu no Djo! E outra olhava pra mim e me cuidava, e ia atrás de mim e eu desviava dela porque eu sabia que ela cuspia! (eu não conhecia animaizinhos selvagenzinhos pessoalmente, mas tenho Animal Planet em casa! A lhama não contava com minha TV a cabo! Rá!!!).. Outro caso de animal descaradamente institucionalizado foi o Hipopótamo! A gente passava ele abria a boca... mas não era pra intimidar (viu... mais um ponto para o Animal Planet!).. era pra jogar comida dentro da boca dele! E as crianças faziam mira e jogavam as pequenas bolinhas de comida! Que coisa não????? O resto vocês devem imaginar... leões, pumas e panteras desmaiadas e magras, ursos mal humorados, macacos - bem, dos macacos eu não comento! É o bicho que eu tenho mais medo no mundo! Prefiro dar de cara com um leão do que com um babuíno, acreditem! – todo mundo passando calor... enfim... não sei não! Não queria deixar uma má impressão... essa opinião é minha apenas... eu não gosto de ver bicho daquele jeito. Só isso!
Depois disso tiramos algumas fotos e estávamos tão cansados que decidimos ir para o hotel... foi um pacote só! O dia foi intenso! Quando o cansaço passou a gente se arrumou pra sair, afinal queríamos ver o que rolava na cidade à noite. Fomos para a Plaza Serrano. Esse lugar tem um bar ao lado do outro, todos luminosos, cheios de gente jovem, luzes, cor e animação! Uns eram rock and roll, outros eram cults com gente com cara de poeta e artista, outros undergrounds e alternativos, haviam ainda os sofisticados e fashions, outros tocavam sertanejo (afe!)... Paramos em dois deles... no Brujas , bar louquíssimo, interessante e que provavelmente vira uma balada depois! O outro, onde jantamos se chamava Maleva, barzinho bem moderninho, com mais gente fora do que dentro do lugar. Comi Sanduíche de Salmón e Djo comeu Ensalada Especial... delícia!!! Caminhamos um pouco por entre os bares (abarrotados de brasileiros inclusive!) e voltamos... o outro dia seria cheio também!


Bem folgada no Buquebus

Djo (garoto propaganda TopTerm) no Buquebus

comprei um picolé de Fanta!

Olha só, parece uma cruza de FridaKhalo e Magic Paula de branco ao lado! o Zoo tem cada bicho estranho neh?

Tá aí ó... essa que tava cuspindo!!! bem ela cara de santa aí ó!!!

pra não dizer que menti sobre o hipopótamo!!

Palermooo



Olha que lindo Djo! Um bambi trombadinha!!!

Acordamos (29 de dezembromesmooo!) bares tradicionalíssimos e galerias de arte! Eu fiquei alucinada entrando e saindo dos antiquários da Calle Defensa, que também tem lojas riquíssimas, prédios de arquitetura colonial, ruas de paralelepípedos. Um pequenos bairro que guarda atrás de suas vitrines um pouco do costumes e estilo de vida dos portenhos de antigamente.
Nas tiendas de San Telmo eu vi coisas que a muito tempo nem via e nem ouvia falar.. outras que eu descobri que faziam sentido depois que vi... Tudo, absolutamente tudo estava tão bem conservado que parecia que nunca haviam sido tocados! Prataria, bibelôs, lustres, móveis... uma infinidade de flashbacks! Dos que eu visitei o que mais gostei foi o antiquário Lo tênia mi abuela! ... Nome engraçadinho que quer dizer “minha avó tinha!”. Lá eu encontrei meus amados e colecionáveis perfumeros. Os quatro pequenos que adquiri na verdade foram presente do meu querido loiro. Um frasco Chanel No 5 de 1926, um Givenchy de 1950, um FlórdeBlosón argentino de 1930 e um Dalí de 1940... relíquias pra mim, que tava mais facera que guri de bombacha nova! (alusão a cultura gaúcha que faz parte também do Uruguai e da Argentina... hahahahahaha).
Depois de San Telmo a gente ia para o Bairro La Boca, que é imperdível para quem vai visitar a cidade... Para isso decidimos pegar um ônibus mesmo... o valor da passagem é bem barata, apenas 1,25 pessos, no entanto foi frustrante, porque nos ônibus não é possível pagar com nenhum tipo de dinheiro em nota... só em moedas! Nós como bons turistas não tínhamos uma moedinha sequer... e por isso tivemos que descer e pegar outro táxi...
Chegamos na famosa La Boca. Nesse bairro fica o Estádio do Clube Boca Juniors, Casas de Show de Tango e o Caminito, com seus antigos cortiços coloridos transformados em lojas de regalos! La Boca é um verdadeiro reduto de turistas...
Achei o Caminito super legal... as casinhas todas coloridas, cheias de gente... música, tango e feiras atraindo os turistas para todos os lados. Não tinha como sair dali sem ter levado uma lembrancinha sequer ou sem ter batido uma foto clichê com os bailarinos da rua! Caminhamos muito tempo pelas ruas do bairro. La boca é uma propaganda argentina em si, tudo que enxergamos como estereótipo argentino (Maradona, tango, Mafalda, futebol, musica e Evita) está ali!
Saindo de La Boca a gente tentou mais uma vez o ônibus... (sou brasileiro e não me toco nunca!)... mais uma vez fomos expulsos pelo “solo com monedas señor”, do motorista! O Djo já tava dando pinote de bravo dessas horas quando um brasileiro grita de dentro do ônibus “vcs tem que comprar um ticket lá na garagem!” ( e apontou pro lugar que a gente tinha que ir!) ... agradeci (em espanhol para um brasileiro, sabe-se lá porque!) e corremos para poder comprar e pegar o outro ônibus!
Ahhhrá...agora sim! Ticket na mão...sem reclamação! (nem do loiro, nem do motorista). É por isso que eu digo: INFORMAÇAO É TUDO NESSA VIDA MINHA GENTE! Quando temos informação não ficamos dando voltas sem sair do lugar igual pombas sem asas!). Como todo bom e velho ônibus ele deu uma volta interminável para chegar em Palermo... mas não foi o todo ruim... assim passamos por lugares que não passaríamos à pé.
Descemos no Shopping Alto Palermo e comemos algo típico e tosco que nunca é igual ao da foto e muito menos do mesmo tamanho que parece ser. Depois disso andamos até o hotel, aproveitando o fim de tarde... Absolutamente agradável!
Tiramos um cochilo e depois disso só tínhamos energia para comer um pouco e dormir novamente! Mas pra não perder o costume saímos em busca de qualquer restaurantezinho ou bar... O bom do Uruguai e Argentina é que e qualquer lugar que você pare, qualquer bar que você vá..sempre terá a La carte... com opções leves ou elaboradas. Nesta noite comemos uma salada completa e pizza primavera no restaurante Caballito! O garçom, super atencioso, fez de tudo para agradar a gente, inclusive arriscar o português!
As pessoas daqui são muito educadas mesmo, muito gentis. Como comentei acima... uma postura diferente, agradável! De volta para o hotel, caminhando de vagar, tomando um helado... noite bonita e quente.
Buenos Aires é linda... 


Feira de San Telmo. apenas algumas tiendas abertas... A feira é gigante, mas só no domingo!

Antiquário Rey na Calle Defensa... incrível!

Galerias e caminhos

O famoso Caminito (do avesso porque a Sue não faz as coisas bem feitas nesse Blog!)

Galerias e Tiendas em la Boca

Loiro observando as Tiendas de outros andares

Isso que dá pedir pra turista bater foto!

Regalo do Caminito

Mais Tiendas de regalo!!!


Pintura dos muros em La Boca

Transporte público de B.fucking A.

Foto da Casa Militar de dentro do ônibus... cozalinda!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Uruguai

Bom, até que enfim consegui vencer a preguiça e sentei pra escrever um pouco sobre nossas andanças dos últimos dias. E como o Uruguai ficou pra trás – só vamos atravessar rapidamente seu interior na volta pra casa quando formos a Rivera – acho que já posso sintetizar algumas impressões sobre este país e seu povo.

O primeiro contato que temos com um país quando viajamos de carro – tirando funcionários da aduana, geralmente sisudos e desconfiados como em qualquer outro país – são suas estradas. E posso dizer que, mesmo tendo sido advertido sobre a boa qualidade de suas rodovias fiquei impressionado. As principais cidades do país (que não são muitas, é verdade) são ligadas por “rutas” federais mantidas em excelentes condições: duplicadas, bem sinalizadas, com longos trechos de cimento (e não asfalto) e vigiadas de perto pela “policia caminera”. Mesmo na última semana do ano, as estradas estão praticamente desertas e, mesmo com retas intermináveis, a grande maioria dos motoristas respeita o limite de velocidade de 110 km/h (aliás, dos poucos carros que nos ultrapassavam, a maioria eram brasileiros). É bem verdade que existe um pedágio de 50 pesos (5 Reais) a cada 100km, em média, mas é dinheiro extremamente bem pago.

Bom, marcados por essa impressão fomos empolgados em direção a Punta Del Este, onde fui novamente surpreendido. Imaginava algo como Balneário Camboriú, com uma orla minada de pessoas e prédios, com carros encavalados ao redor de seus quarteirões e à beira-mar, mulheres bonitas e gente jovem ouvindo pan americano e fazendo muito barulho. Não poderia estar mais longe da verdade. O lugar é imenso e espalhado por 50 km de costa. Quase não há prédios, são muitas zonas residenciais somente com casas. E como é tranqüilo, comparado com Floripa ou Balneário, nessa época. Sempre existe um lugar para estacionar na rua (e sem flanelinha!), tudo é muito limpo, espaçoso, calmo, bem organizado e, principalmente, seguro. As pessoas estavam sempre tranqüilas, os comerciantes atenciosos e educados. Quanto às mulheres, estou muito bem, obrigado. As “locais” não chegaram perto (juro que não vou cobrar recompensa por essa, hehe). 
Como tínhamos muito a visitar durante o dia, não ficamos até as 4h da manhã pra ver se realmente a cidade se transformava como alguns dizem. Acho pouco provável. Enfim, achei sensacional e poderíamos ficar mais um dia por lá com certeza, mesmo que isso aumentasse o rombo em nossas carteiras.

O Uruguai possui apenas 3.5 milhões de habitantes, dos quais 1.2 mi vivem em Montevidéu. A segunda maior cidade é Salto com 120 mil e nenhuma outra tem mais de 100 mil. A impressão que fiquei é que, tirando Montevidéu e Punta (que não é uma cidade), o resto são vilarejos. Maldonado, onde dormimos, tem 60 mil habitantes mas nenhum edifício com mais de dois pavimentos e com um clima que lembra aquelas cidadezinhas mexicanas de filme americano:  ruelas estreitas com carros ou algo do gênero caindo aos pedaços, pessoas sentadas na frente de suas casas olhando o movimento, velhinhas e crianças de motonetas sem capacete ou escapamento e sempre alguém vendendo alguma coisa com um alto falante. Durante a viagem, só por curiosidade, entrei em duas cidades que apareciam nas placas e a história não foi diferente. Apenas uma curiosidade: todas tem ruas totalmente asfaltadas. Parece que o Uruguai está esperando pelo desenvolvimento, sobra infra-estrutura e falta o capital.

Montevidéu foi frustrante. Parece que há cinqüenta anos ela foi esquecida. Pelo desenvolvimento e aparentemente pelo serviço de coleta de lixo. Muita sujeira. Sacos de lixo arrebentados, garrafas de cerveja quebradas ou largadas no meio das calçadas. Além disso, a iluminação pública também deixou a desejar. Andar a noite pelo centro é assustador. Não consegui enxergar o charme da Ciudad Vieja, só encontramos mais sujeira e prédios encardidos e abandonados. O museu de história foi uma surpresa agradável e redimiu a cidade de algumas de suas mazelas. Quanto ao povo, muito educado e cortês em nossa experiência. Há um sentimento de liberdade diferente, em Montevidéu. Não existem radares nos semáforos, estacionar em local proibido e na contramão é normal. Dirigir entre duas faixas na beira-mar também rola e, mesmo assim, parece que todo mundo se entende. Poucos se estressam com isso. O povo do Uruguai parece viver num ritmo menos acelerado, mais laissez-faire, mais “numa boa”.

Colonia Del Sacramento me lembrou Gramado e Canela, no RS. Uma cidade pequena, fundamentalmente turística, com mais hotéis do que casas. Muito bem organizada e, como não podia deixar de ser, muito lugar pra comer bem. O Barrio Historico, ao contrário da ciudad vieja de Montevidéu, é muito bem cuidado, tanto suas ruas quanto os museus e os vários restaurantes que o permeiam. Não há muito pra ver, o passeio pode ser feito em uma tarde, e recomendo.

Enfim, vamos ao que interessa. Melhor cerveja uruguaia: Pilsen. É isso mesmo, o nome da cerveja é Pilsen. O chopp da Pilsen, então, vai deixar saudades. Outras marcas são Zillertal e Patricia, que não tem gosto de nada, tipo Skol. Carne (sim, carne, no Uruguai se come carne, e carne de vaca, se você não come carne, não vá pro Uruguai): Parrilla de Vacio. Dizem que o corte do vacio é a fraldinha brasileira, mas não lembra nem de longe. É menos fibrosa, mais saborosa e macia. Achei mais parecida com a alcatrafeiúra. Cabelos desgrenhados, nenhuma maquiagem e vivem de chinelo. As poucas mulheres bonitas que encontrávamos acabavam por se revelar brasileiras.

Valeu a pena? Totalmente. O Uruguai é perto, é relativamente barato (tirando a cerveja, que é custa o dobro do Brasil), seguro, pequeno o suficiente para conhecê-lo em poucos dias de carro e com a maior tranqüilidade. O povo é atencioso, simpático e paciente com turistas. Adios.



quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Portugal + Uruguai = Colônia Del Sacramento!!!

As histórias de Portugal e do Uruguai cruzaram-se durante o século XVII, e Colónia do Sacramento é disso a melhor testemunha. Em comum, os dois países têm ainda o fato de serem dois ilustres e pequenos lugares que deixam a terra um pouco mais bonita. As casinhas baixas de pedra, pintadas de amarelos, rosas e brancos, com telha antiga e lampiões nas paredes (fiquei louca com eles... eu parecia um vagalume fazendo voltas e voltas tirando fotos!) destacam a presença portuguesa e espanhola, numa mescla rica.... As ruas são tortas e empedradas, com nomes como “Manuel Lobo” e “Portugal”, as igrejinhas estão caiadas de branco, com jardins na frente. Claro que estou falando do Bairro Histórico...onde se situam os mais importantes vestígios da presença portuguesa e que é protegida pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade... E não podia ser diferente. É uma preciosidade do tempo! Essa cidade é um museu por si só... ahhh, e falando em museus, isso não falta na  pequena "velha sacramento"... Por 5 reais eu e Giovani conhecemos os 5 museus que se situam ali mesmo... o Museu Municipal, o Arquivo Regional, o Museu dos Azulejos, o Museu Espanhol e, como não podia de ser, o Museu Português, casa baixinha em plena Plana Real, com uma grande coleção de peças soltas de grande valor....em nenhum dos museus é permitido fotografar... no entanto eu dei uma choramingada para a moça do arquivo regional e fotografei o "correo de la moda" com modelitos super fashion em 1874 (lindoooss...foto abaixo!)...o sexto museu não conseguimos ver pois é perto do porto e já era tarde!
Bom, creio de desatei a falar do bairro histórico...é que me empolga um pouco, afinal sou historiadora! Antes disso eu e Djo saímos do hotel e fomos direto para o centro de informação turística. e senhoras e senhores leitores desse blog, é extremamente bem organizado, com pessoas super dispostas e simpáticas a seu dispor..e... mapas gratuitos da cidade!!! Quando vejo uma coisas dessas numa cidade minúscula, não me parece nada menos que um tapa de luva de pelica (das mais elegantes!), na cara de cidades como Florianópolis que não tem algo nem perto disso e no entanto recebem turistas do mundo todo aos milhares... Sei disso porque canso de dar informações para esses pobres diabos que chegam a cada minuto na temporada, totalmente perdidos! Vagando pelas ruas sem saber onde estão...A praça XV mesmo não oferece nem sequer um guia com uma placa de "informações aqui!"...quem dirá um centro para turistas! Uma vergonha para Florianópolis, não acham??
Indignação à parte... cof, cof... eu e djo seguimos antes para a feira de artesãos de Colónia... um lugar super fofo... com todo tipo de artefatos, desde as cuias e ervateiras tradicionais até pedrarias e esculturas. Eu comprei um conjunto com 3 gatos de madeira para decoração! Liiindos e super baratos! 
Da feira fomos ao bairro histórico bater as tamanquinhas! Foi um passeio maravilhoso... eu encontrei um antiquário tradicional, desses com cheiro de nostalgia, desses que a gente entra e diz: A minha vó tinha!!! e se apaixona... e se emociona! Como eu estava a procura dos frascos de perfumes antigos, não levei outras coisas...encontrei um frasco Art Decó da década de 30... em cristal, e esmalte vermelho, uma pequena faixa dourada o envolve... Não tinha como não leva-lo...era belíssimo... Mais um para a coleção! No mais... eu queria carregar tudo!
Após caminhar caminhar e encontrar nos detalhes de Colónia, tudo que se podia ver de presença portuguesa e espanhola... fomos almoçar... já estava tarde!
Almoçamos no restaurante Mercosur, eu pedi Jamón com Ananá e Djo pediu Milanesa com guarnicón e papas fritas! É de morrer comendo, baaarrrrbaridade! 
Depois de um dia cheio de coisas novas, era hora de ir para o hotel... estávamos exaustos! e ainda precisávamos ajustar algumas coisas para a viagem, afinal a próxima parada era Buenos Aires...
Agora um pouco mais de imagens... pouco menos de palavras!


Beijos!!!